Imagem: Actividade realizada no 6º E, na «Semana do Amor».
O Amor não é a voz estridente
Tão fria que arrepia a mente!
O Amor não é a gargalhada solta
Senhora do MUNDO, que anda louca
E ensurdece o ouvinte naufrago
Num barco de vaidade presunçosa
Impostora que mostra o que não é
O AMOR. O Amor não é o empurrão
Para chegar ao cimo do TUDO
Que é NADA. O Amor apregoa-se
Mas não se pratica nem se perdoa.
O Amor vive-se num monólogo
No meio de gente...
Por que não parar um pouco?
Por que não pensar no TODO,
Modo de viver em comunhão?
O AMOR não é dança, mas dança-se;
Não é música, mas toca ao coração;
Não é chocolate, mas adoça o ser;
Não é manta, mas aquece-nos a alma;
Não é gelo, mas refresca-nos do calor;
Não é palavra, mas faz-nos ler muito
Nos olhos, nos gestos...
Não é profissão, mas estrangula o profissional
Porque AMOR não é exposição.
É no silêncio que se vivem tantos sons encantatórios!
Numa sala o Amor não é a imposição
Que ensurdece os ouvintes
O Amor não é a gargalhada
Desentoada que fura os tímpanos
Dos naufragos à procura de rumo
O Amor não é a voz estridente
Para se fazer sentir gente.
Ah! O Amor é o trabalho partilhado,
Sem público, mas repleto de beleza!
Isabel Montes