Tuesday, December 16, 2014

LIVRO: O HOMEM SEM ALMA, MAS COM VIDA...


Um presente de Natal, na WOOK com 20% de desconto.

Sinopse
Andava de trás para a frente, como sempre, na rua do Castelo da vila pacata. Fora professor, mas a determinada altura a «alma» viajou… diziam que estava louco. Hoje, pessoas com os mesmos sintomas sofrem de Alzheimer, dizem os entendidos. Só que aquele homem tinha a felicidade de poder caminhar na rua, sentir o ar no rosto, a água da chuva molhar suas roupas e seu corpo, falar com miúdos atrevidos. Quem lhe roubou a alma? Terá sofrido uma deceção tão grande que se refugiou na loucura? Seis crianças resolvem entrar na casa daquela personagem e as peripécias acontecem. A amizade, a lealdade, a fé e a crença na cura são valores presentes neste conto em que a ficção e a realidade se confundem.
http://www.wook.pt/ficha/o-homem-sem-alma/a/id/14845238

Monday, November 24, 2014

ISKY, O GATO DE OLHOS AZUIS






Depois de um dia de trabalho, há uns 10 anos atrás, de vários kms andados, regressei ao meu carro. Coloquei a chave na ignição e o barulho que ouvia impedia-me de continuar. Pareciam as patinhas de pássaros dentro do motor do carro. Um senhor, que por sinal era mecânico, ajudou-me. Abriu o capô do carro e deparámo-nos com uns olhos lindos azuis  num pelo branco fofo. O senhor teve de ir buscar as chaves de ferramentas e desaparafusar parafusos e porcas. O animal custou a sair de um dos tubos. Que fazer com o animal? Deixá-lo em que lugar, pois já tinha parado em três lugares distantes e se o gatinho tinha conseguido sobreviver nesse trajeto... Indecisão!  Resolvi pô-lo no banco de trás e seguiu comigo para a sua nova casa.
 Mais um animal que trazia. A primeira reação dos meus pais foi «Por que não encontras uma ovelha»? E se encontrasse, faria o mesmo: seria um animal de estimação, membro da família.
Ao princípio o Isky estava tímido e nem queria comer. Inventei de tudo: granulado diverso; patés... até que começou a degustar pescada cozida.... e depois adotou uma das rações preferidas.
O tempo foi passando e fomos felizes. Foi a companhia dos meus pais, a minha ... a presença desejada.
Viu partir os donos mais velhos, sentiu a sua ausência... Há uns dias que não queria comer.. e até camarão eu cozia para que ele se alimentasse. Eu desejava chegar rapidamente a casa para ver se ele estava melhor. Melhorou! Mas... Ontem, pediu ajuda. Peguei nele e fui para o Hospital Veterinário.
Após o diagnóstico, o meu amigo partiu sereno.
As lágrimas corriam, correm e uma dor de vazio invadia, invade o meu interior.
Adoro-te, meu gatinho querido!

Wednesday, November 12, 2014

GARRAFA DE VINHO...POÉTICO






    Bebo  um
  Bebo dois
  Bebo  três
E vou bebendo… só  ou  contigo.
O sol brilha brilhante sobre mim.
Sobre mim, não em mim, porque
Em mim há lágrimas ou risos dos
Copos que humedecem os órgãos
Do meu corpo sedento de alegria.
E é tão pura a magia qu’embriaga
As madrugadas cheias d’um vazio
Assustador  que chego a sentir dor
Do choro ou  da  gargalhada  dada.
Um no-sense com sentimento.Meu
Olhar é espelho  do vivido, sentido
No  vinho que  me deita no leito de
Um sono profundo, porque já é dia!
 E a realidade é sóbria.

                                      Isabel Montes
        in Revista digital «Efémera» N.º 1


Saturday, October 18, 2014

S´ESTA SOLIDÃO...


Autor: Maria Isabel Montes


S’ esta solidão que me afoga os dias
M’ aclara as noites em saudade vão,
Vêm nem sei de onde ou saberei
A fonte que brota a lembrança perdida?...
Realidade ou fantasia? Já nem sei!
Sei que houve um tempo intemporal
Que deixou cair o prefixo «in»,
Invadindo a minh' alma. Esse sentimento
Atroz que varre a vontade do ser
Ou não ser… que mata a fome de viver.

                                      Maria Isabel Montes, 29/06/2014
                                  página 20 in Revista Efémera 0

Saturday, October 11, 2014

EM JEITO DE ... «OI!»


O sonho 
O sonho é a ponte para a outra margem.
O sonho é a bebida que m'embriaga.
O sonho é a droga que não tomo.
O sonho é o comprimido que m'acalma.
O sonho é o abraço que me fortalece.

O sonho é o meu abrigo.

Sunday, June 15, 2014

CARTA AO MEU PAI


   Não sou Presidente da República, meu pai, para te honrar com uma medalha de mérito. Nem tiveste essa oportunidade, de fazer o bem e ser reconhecido. Mas, pensando cá para mim, há também quem faça muito mal e receba medalhas. Pergunto-me, se alguém faz pelo menos 1 mal a outrem, terá direito a ser reconhecido com tais prémios distintivos? Pois, talvez. Fez um mal a alguém que ainda hoje sangra, mas fez «muitos bem» a outros... E além de receberem medalhas, têm nomes de ruas, bustos... são uns senhores neste mundo. E no outro, será que também continuam a ser distinguidos ou serão todos pó?
   Sou só a tua filha, o bem mais precioso que tiveste, segundo o teu sentimento. Aqui, coloco-te numa das Galerias de Arte mais conceituadas do (meu) mundo e faço-te esta homenagem.
   SIM, sei que fizeste muito bem aos que ficavam internados no Hospital da Misericórdia (desta terra) e, mais tarde, cuidaste de um senhor, numa casa particular, apoiando-os na dor; dando-lhes os medicamentos a horas; lavando-os; alimentando-os; enxugando-lhes as lágrimas; vestindo-os para a grande viagem e levando-os até à mesa que os suportava nos últimos momentos. Mas, quem soube disto? Os próprios, os seus familiares, a minha mãe e eu, criança que vagueava pelas enfermarias dos homens e das mulheres, atrás dos meus pais e das minhas madrinhas (as senhoras enfermeiras). Nem os governantes da altura souberam que um funcionário da Misericórdia passou horas sem dormir, recebendo um mísero salário. E quando precisaste de uma vaga no Lar da Misericórdia, não havia e, qual barata tonta, sem saber quem me ajudaria, consegui vaga num Lar Privado (fechou-se uma porta, abriu-se uma janela). Agora dizem «Foi, porque podia pagar, não é verdade?» E eu respondo: «Deus sabe o que faz! Pude, sim, porque apenas foram 2 meses e meio (mas tive de pagar o mês inteiro sabe-se lá porquê?!» Foi um tempo de angustia, de sofrimento, de 94 kms diários; bem, quase diários, pois houve dois dias que não te pude ver. No dia seguinte, disseste-me «Filha, ontem não vieste e foi o dia que mais me fizeste falta!» Dói! Como dói! Se soubesse que tinhas tão pouco tempo junto a mim, tinha faltado. Ninguém agradece os esforços que fazemos, julgam-nos máquinas, com coração de pedra.
   Escrevi ao Governo e às entidades (in)competentes que nada fizeram. Algumas, nem resposta souberam dar ou, como não eras familiar nem conhecido, pouco importância tinhas. Engano o deles!
 ÉS MUITO IMPORTANTE, PAI!
 A TI, CONCEDO A MEDALHA DE MÉRITO DO BOM TRABALHADOR!
 LINDO! 
QUERIDO! 
   Conhecedor de uma sabedoria só tua e de uma arte interessante que só nós tivemos acesso.
   Depois, a 15 de junho de 2013, esperaste-nos sonolentamente, por mim e pela tua querida mulher, minha saudosa mãe. Partiste num suspiro tranquilo. A mãe sussurrou-te ao ouvido palavras de amor e eu, feita mulher forte, deixei rolar umas gotas de água, beijei-te e vim tratar do que devia.
   As feridas ainda pulsam em mim e o desespero de te ajudar adormece comigo.
   Pai, descansa em paz. Eu sou forte e não te quero preocupar! Cuida da nossa pequenina, a mãe, que estava cheia de saudades tuas e o destino preparou-lhe a viagem, ao fim de 7 meses.
AMO-TE! AMO-VOS!

Tua/Vossa filha BelMontes

Wednesday, April 23, 2014

DIA MUNDIAL DO LIVRO




NUM MOMENTO DE LAZER



Num momento de lazer
Apraz-me mergulhar nas palavras
Descobrir em cada uma delas
Um doce
Um amargo
Um frio
Um calor
Um sentido
Um no sense
Um lugar
Para ficar...
E repousar...
... até que a palavra
Me expulse
E eu consiga
Emergir
Viver
Sem pressa
Com tranquilidade
À espera da frase...


Isabel Montez
in À Flor dos Sentimentos

Saturday, February 15, 2014

AMOR INFINITO



Lindos! Belos! Companheiros! 
Entre eles um amor infinito,
Um amor sempre PRESENTE.

Monday, January 6, 2014

ATÉ SEMPRE, EUSÉBIO!





Até sempre, EUSÉBIO!

Fica-se sempre mais fragilizado quando alguém parte, quer seja do nosso sangue quer seja alguém cujo destino o fez brilhar em qualquer domínio. 

Quando eu era mais jovem, conheci um senhor de uma sabedoria exemplar. Os livros eram a sua companhia. Sentia uma estima enorme por aquele Senhor das Letras. Quando a morte o levou, senti-me perdida. «Como viver depois da morte de quem tanto sabe?» Mas foi-se vivendo...e, hoje, o novo já não é tão jovem e guarda, partilha também os seus conhecimentos. É preciso é acreditar no PRESENTE que vem antes do FUTURO e VIVER até que também tenhamos o passaporte para a tal viagem misteriosa.

E porque a alma veste um corpo em determinado tempo, escolhi esta imagem que eterniza um momento de glória e felicidade.

Eusébio, leve um abraço terno aos que partiram antes de si e que continuam no meu coração que, subtilmente, chora de saudade.

                                                                                        Maria Isabel Montes